DC Comics. O número 1 é o super poder dos heróis aos quadradinhos
A número 2 da BD mundial faz reset na contagem: tudo para recuperar o interesse dos leitores e as maravilhas das vendas
Audacioso será, talvez, o adjectivo que melhor descreverá o anúncio que a DC Comics fez, comunicando que toda a linha de livros de banda desenhada da DC Universe vai ser relançada, ou seja, em Setembro próximo, 52 séries vão começar de novo, cada uma com um número 1.Embora seja usual os editores de livros de banda desenhada recorrerem regularmente a este tipo de renumeração, muitos coleccionadores continuam a apoderar-se de exemplares dos primeiros números na convicção de que eles - tal como aconteceu com o lendário "Action Comics" nº 1, que introduziu a figura do Super-Homem - irão valorizar-se. Recomeçar uma colecção a partir do número um poderá constituir, igualmente, uma hipótese de se conquistarem novos leitores que poderiam não estar a sentir-se cativados a experimentar colecções de banda desenhada que já contam, muitas deles, com mais de quinhentos números publicados. Anteriormente, muitos destes relançamentos ainda eram feitos com base no que tinha ficado para trás, mas com esta lufada de ar fresco, a DC deixou claro que as novas histórias dispensam um conhecimento prévio da banda desenhada - vai ser como descobrir o Super-Homem pela primeira vez.
Recuperação Esta estratégia é, em certa medida, como um malabarismo ou um último fôlego de uma indústria que tem vindo a enfrentar uma certa saturação por parte dos leitores, quer devido a um desgaste relativamente às histórias, quer porque os enredos são demasiados limitados, os preços elevados, quer ainda devido à forte concorrência do mundo dos videojogos Em 2006, por exemplo, o primeiro número de "Civil War", história popular que envolve todos os heróis da Marvel Comics, vendeu mais de 350 mil cópias. Este ano, as vendas do primeiro número do seu último título, "Fear Itself", rondaram as 230 mil unidades.
Esta estratégia da DC também quer tornar os livros de banda desenhada acessíveis para download digital no preciso dia em que chegam às lojas - o que não será, certamente, nenhum malabarismo para a editora ou para o sector em geral. "Neste aspecto, o principal risco que se coloca é a possibilidade de a versão digital roubar uma grande fatia dos rendimentos das lojas de livros de banda desenhada, situação que poderá deixar condenados muitos retalhistas", comentou Mark Evanier, historiador de BD, acrescentando que a DC Comics precisa dessas lojas "para vender colecções de capa dura, action-figures e outro tipo de artigos promocionais".
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